Há algumas décadas, o pastor americano Robert Schuller lançou uma pergunta que tem andado nas bocas de tantos: O que tentaríamos fazer se soubéssemos que não falharíamos? Apesar de alguns a encararem como falaciosa, é importante por funcionar como um inspirador alimento da imaginação. Ela apaga o medo da falha, abre-nos a porta do mundo e sussurra-nos ao ouvido: pensa em grande!
Sebastian Thrun, fundador do Google X, defende que “as pessoas falham, sobretudo, porque têm medo de falhar.” Os inovadores têm de ser destemidos, “o medo de falhar impede-nos de tentar coisas grandiosas (…) e a vida torna-se uma maçada. As coisas espantosas deixam de acontecer.” Mas, se ultrapassarmos esse medo, acrescentou: “As coisas impossíveis serão de repente possíveis.”
Aceitando a hipótese de que, nas nossas vidas, o cenário de nunca falharmos é irrealista, uma boa forma de desconstruirmos o medo é pensar: “E se eu falhar, qual é o pior cenário que pode acontecer?”. Desde criança, incutem-nos o medo da falha. Vivemos numa sociedade implacável, que não se coíbe de apontar o dedo ao erro, às tentativas goradas, aos tropeços a que todos estamos sujeitos. Tentar nunca será pior do que ficar parado, à espera que aconteça ou que façam por nós. Tentar é a véspera do sucesso, o chão onde os nossos projetos e sonhos aprendem a andar.
Como refere Warren Berger, no livro A Arte de Fazer Perguntas, é importante encontrarmos a nossa pergunta, a que define o nosso propósito. Comecemos com uma e, depois, devagarinho, vamos plantando outras perguntas, regando o nosso propósito de vida. Muitas vezes, são as perguntas que nos escolhem a nós. “O que fará dela uma pergunta bonita para nós, e que valha a pena reter connosco, é a paixão que sentimos por ela. (…) Quando encontrar uma pergunta bonita, apegue-se a ela.”
“Se podem colocar um homem na Lua, por que não conseguirei eu vender o seu imóvel?”
Esta é uma das minhas perguntas preferidas. Qual é a sua?