Por estes dias, houve verdadeiras corridas aos multibancos (na realidade, muitos de nós já não correm, nem sequer para o multibanco, uma vez que o homebanking dá-nos a satisfação – ou, em muitos casos, a tristeza – de espreitarmos o saldo bancário em segundos), na expetativa de ver a cor do dinheiro transferido pelo Estado – o tão falado “apoio extraordinário” de 125,00 €, acrescido de bónus por cada filho.
Conheço quem gaste este valor em raspadinhas, mas não vou referir nomes.
Por falar em dinheiro, recentemente, fomos impactados (é um verbo que está na moda, e eu sou um homem moderno) com um apelo desesperado de uma TikToker espanhola, que explicava, entre soluços e lágrimas, que procura alguém que a sustente porque não gosta de trabalhar. Acredito que esta jovem teve a coragem para verbalizar o que muito boa gente pensa, mas não tem coragem de assumir.
Já dizia a Dona Laurinda, minha vizinha do 3.º esquerdo: “Quem diz a verdade, não merece castigo”.
Ainda no universo paralelo do TikTok, uma influenciadora (um dia falaremos sobre esta “profissão” que me causa urticária mental) norte-americana de 21 anos mostrava o seu choque e pânico, ao ter descoberto que, por brincadeira, forneceu os dados do seu cartão numa oferta online por um sofá e apercebeu-se, quando o dinheiro lhe foi retirado da conta, que era a (in)feliz proprietária de um sofá de… 103.000,00€.
Deve ser um excelente sofá.
Quanto a mim, que gosto de trabalhar, não procuro quem me sustente e não sou influencer, proponho-lhe, a si, um “apoio extraordinário” oito vezes superior (leu bem) ao dado pelo Estado.
É isso mesmo. Conhece alguém que tenha um imóvel para venda? Coloque-me em contacto com essa pessoa.
Recebe 1000€ com o fecho do negócio, ou seja, assim que o imóvel seja vendido.
Até breve!
Gustavo Sousa