“Uma loba como eu não é para tipos como tu, uh-uh-uh-uh-uh-uh”.
Foi um dos assuntos-analgésicos-de-TAPs-demissões-inflações-e-afins que entusiasmou a semana anterior: a letra da nova música de Shakira, que, dizem, é uma mensagem bastante direta ao seu ex-marido (e à atual companheira deste), o futebolista Gerard Piqué, de quem se separou em 2022.
“Trocaste um Ferrari por um Twingo
Trocaste um Rolex por um Casio
Vais depressa, abranda
Ah, muito ginásio
Mas trabalha o cérebro um pouquinho também”
Quem não tem dado descanso ao cérebro – e ao mundo – é Jonathan Lee Riches, que o Guiness já apelidou de “Zeus das ações judiciais”. Com mais de 4 mil ações em seu nome, o norte-americano é a pessoa que mais abriu processos na história.
Em 2006, produziu um documento com 57 páginas, acusando diversas personalidades, por ofensas aos direitos civis, entre eles George W. Bush, o Papa Bento XVI, Bill Gates, a Google, deuses nórdicos, a Pizza Hut, o Viagra, a Torre Eiffel e Platão.
Em 2007, processou o Rei do Rock, acusando Elvis de roubar as suas costeletas, além de vender frango contaminado e de ter um acordo secreto com Bin Laden. No segmento da realeza, nem a Rainha Elisabeth II escapou. Também o Rei da Pop, Michael Jackson, foi acusado de albergar no seu rancho, Neverland, o exército de Hitler.
Jonathan esteve preso, por fraude eletrónica, e nem assim parou: aproveitou o tempo no cárcere para processar, na mais nada menos, do que o Guiness World of Records por o citar como recordista.
A saga continuou e, em 2018, chegou a vez do Partido Nacional Socialista de Hitler, Nostradamus, Che Guevara e todos os sobreviventes do Holocausto, serem processados.
Diz-se que não há nada mais poderoso do que um homem com uma missão.
Se ainda não foi processado por Jonathan, não desanime.
Entretanto, há uma dúvida que me vai desassossegar nos próximos tempos: terá Elvis Presley roubado, de facto, as costeletas de Jonathan?
Boa semana.
Gustavo Sousa